A I Conferência Nacional da AMUSUH começa com grande demonstração de representatividade de gestores municipais, que vieram em peso à sede da AMUSUH, em Brasília (DF). Os prefeitos destacam em seus discursos a relevância da união de todos em prol dos objetivos em comum, como a necessidade de garantir o incremento nas receitas municipais e, em especial, apoiar a aprovação do PL 2918/21 no Congresso Nacional
Paulo Castro (Ascom/AMUSUH)
Um sucesso. Não há outra palavra para sintetizar o que representou o primeiro dia da I Conferência Nacional da Associação Nacional dos Municípios Sedes de Usinas Hidroelétricas e Alagados (AMUSUH).
Na manhã desta terça-feira (dia 7 de março), gestores de diversos municípios vieram à sede da Associação, atendendo ao convite de participar da posse da nova Diretoria-Executiva e da nova configuração do Conselho Fiscal e do Conselho dos Municípios Alagados da AMUSUH.
O encontro também foi articulado como estratégia para demonstrar a representatividade e a força política dos municípios geradores de energia hidroelétrica em encontros com autoridades, que acontecerão nestes três dias.
Em seus discursos na manhã do primeiro dia, os prefeitos tocaram em pontos fundamentais para a presença de todos os gestores municipais na sede do poder político nacional. O Presidente da AMUSUH e Prefeito de Ilha Solteira (SP), Otávio Gomes, afirmou: “Estamos aqui hoje também para defender a arrecadação de nossos municípios, que está cada vez menor. E não falo só pelo município de Ilha Solteira, que teve uma queda de 17% na sua arrecadação, porque sei que a dor de um é a dor de todos. É fato que os municípios que todos nós representamos estão passando pelo mesmo problema”.
Em seguida, o prefeito completou: “Todos sabemos que não estamos aqui em Brasília a passeio, porque é aqui onde as grandes decisões políticas acontecem, decisões que precisam ser favoráveis aos nossos municípios, que passam por dificuldades fiscais. É por isso também que precisamos apoiar a aprovação do PL 2918/21. E nossa presença aqui também conta com essa necessidade em foco. Mas não conseguimos isso sem união, que é a palavra de ordem para todos nós. A própria AMUSUH é um fruto disso”, ressaltou o gestor.
A Vice-Presidente da AMUSUH e Prefeita de Araporã (MG), Renata Cristina Silva Borges, destacou a importância da Equipe Técnica da Associação, sem a qual muito do que a AMUSUH conquistou nestes 29 anos de trajetória não teria sido possível. Ela lembrou, ainda, que o período da pandemia “fez a gente agir com urgência para o bem de todos. E é assim que nós, prefeitos, precisamos agir, para que nossos municípios não sejam prejudicados em seus direitos, tão duramente conquistados. Que as difíceis lições deixadas pela pandemia fiquem para nós como um aprendizado sobre a necessidade da união, porque juntos somos mais fortes”, asseverou.
Por sua vez, o Prefeito de Campos Novos (SC) e Diretor Financeiro da AMUSUH, Gilmar Marco Pereira, falou da alegria que é ver a representatividade municipalista presente em Brasília. Ele ressaltou que, além da vigilância das ações do Governo Federal, “devemos dar importância à nossa articulação, para a solução das dificuldades de nossos municípios. Também temos que ser céleres”, alertou.
Em sua fala, a Secretária-Executiva da AMUSUH, Terezinha Sperandio, resgatou os pontos tocados em discursos anteriores, reafirmando: “Vocês, prefeitos, não sabem a força política que vocês têm. Se nós não nos unirmos, não iremos para lugar nenhum. Este é o nosso papel: monitorar as ações do Governo Federal e garantir que os direitos e as receitas de nossos municípios não sejam comprometidos por ações políticas do Executivo e do Legislativo Federal”, ponderou.
Finalizando a manhã de discursos, o Presidente do Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu e Prefeito de Guaíra (PR), Heraldo Trento, exemplificou como ações políticas prejudicaram de maneira irremediável as receitas de seu município, quando houve a construção da represa de Itaipu, cuja formação do lago inundou o principal cartão postal e destino turístico da região, as Sete Quedas.
À tarde, a I Conferência Nacional da AMUSUH prossegue, desta vez no auditório do Ministério de Minas e Energia, importante órgão federal para o encaminhamento da principal demanda da AMUSUH atualmente: a tramitação e a aprovação do PL 2918/21 no Congresso Nacional.
