Desemprego cresce em janeiro

por | 12 mar, 2015 | Notícias | 0 Comentários

Na comparação com dezembro, a taxa de desocupação aumentou 0,9 ponto percentual. O resultado reflete a queda de 6,8% na oferta de vagas no setor público, que foi seguido por construção civil, serviços e indústria de transformação

Depois de quatro meses consecutivos de queda na taxa de desemprego, o Distrito Federal voltou a registrar aumento do número de pessoas sem ocupação. O contingente de desempregados, em janeiro deste ano, chegou a175 mil brasilienses, o correspondente a 12% da população. Em dezembro, o percentual era de 11,1%, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). A comparação no período de 12 meses, no entanto, é positiva, com variação de 7,4%.

O levantamento destaca que todos os setores reduziram o nível ocupacional, exceto o comércio, que criou 2 mil vagas no período analisado. A administração pública, o maior empregador do DF, apresentou uma queda de 6,8% na oferta de postos de trabalho, seguido pelos setores de serviços (-1,8%), da construção civil (-5,4%) e da indústria de transformação (-2%). No total, foram menos 20 mil vagas, o que supera a redução da População Economicamente Ativa (PEA).

Para o presidente da Codeplan, Júlio Miragaya, o resultado da pesquisa faz parte do cenário econômico brasiliense no começo de ano. “A geração de vagas ocorre principalmente no segundo semestre, quando tem início a atividade na indústria e na construção civil. Os números do estudo são considerados sazonais”, explicou Miragaya.

Essa peculiaridade local pode ter influenciado o desempenho da construção civil. De acordo com Júlio Miragaya, o período de chuva registrado em janeiro contribuiu para o aumento do desemprego no setor. Demitido em janeiro, o engenheiro Emmanuel Carlos Moreira, 31 anos, acredita que o período é propício para a demissão de trabalhadores. “O clima contribui com a diminuição de vagas mesmo com o mercado aquecido nessa área, mas acredito que, com a experiência que tenho, não ficarei desempregado por muito tempo.”

Moreira disse que uma das soluções encontradas pelos trabalhadores para evitar o desemprego é o investimento no próprio negócio. “Se até abril não conseguir um novo emprego, vou partir para a criação do meu próprio negócio. O DF tem espaço e oportunidade para novos empreendedores”, disse o engenheiro.

Tranquilidade

Segundo Miragaya, a situação do mercado de trabalho do DF é favorável, pois a variação negativa não teve impacto no setor privado. “O que nos tranquiliza é que a retração na criação de postos foi mais acentuada no setor público, mas sabemos que o governo tende a recuperar essas vagas ao longo de 2013”, afirmou o presidente da Codeplan.

Uma das justificativas para o resultado negativo do mercado de trabalho no setor público local e federal seria o término de contratos temporários e a substituição de profissionais lotados em cargos comissionados. “Não há como precisar a causa para essa queda, pois não é uma análise da pesquisa, mas uma conjectura do que observamos ao longo dos 21 anos em que o estudo é feito no DF”, ponderou Clóvis Scherer, supervisor do Dieese e responsável pela pesquisa.

O aumento de desempregados no setor público pode ter influenciado a queda no rendimento médio real dos assalariados. O valor passou de R$ 2,3mil, novembro para R$ 2,2 mil, em dezembro, uma redução de 2,3%. Scherer esclareceu que os números da PED de janeiro correspondem ao desempenho da economia no último trimestre. “Utilizamos a média dos questionários analisados no período de outubro a dezembro. Temos que aguardar os próximos meses para saber se esse resultado de janeiro será uma tendência”, explicou.

*Fonte: Correio Braziliense – 28/02/2013

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