BRASÍLIA O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse ontem que o governo discute a elaboração de um regime especial para o setor de plásticos, semelhante ao regime automotivo, com a concessão de incentivos fiscais em troca de metas de redução de emissões de carbono. Pimentel e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, assinaram ontem um acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) estabelecendo como meta a redução de 5% das emissões de carbono em sete setores da indústria até 2020. Em troca, os setores terão incentivos como a redução de impostos, conforme antecipou O GLOBO no sábado.
A parceria inclui os setores de alumínio, cimento, papel e celulose, químico, cal, vidro e ferro-gusa.
Segundo o ministro, o acordo é inédito e pode se tornar um modelo na área ambiental. Já o presidente da CNI, Robson Andrade, disse que, enfim, o discurso sobre formas de minimizar o impacto provocado pelo efeito estufa começa a se concretizar:
– Estamos cientes de que esse é um passo para tornarmos o discurso sobre mudança climática realidade.
Meta de eficiência energética
Sobre o regime para os fabricantes de plásticos, Pimentel evitou dar detalhes, argumentando que só ontem começou a discutir com representantes do setor:
– Sentamos hoje (ontem) com um outro setor, que é o setor de plásticos, para desenhar uma política industrial que também busque metas de redução de emissões, eficiência energética e aquisição de novos conhecimentos. Essa virou uma peça fundamental da agenda econômica – disse o ministro, que recebeu, ontem, dirigentes da Associação Brasileira da Indústria de PET.
*Fonte: O Globo – 22/08/2012