AMUSUH participa de lançamento de Boletim do MPA

O Boletim da Aquicultura em Águas da União 2023 abordava a importância da atividade pesqueira para o fomento de empregos e o desenvolvimento dos municípios, principalmente no ano de 2024, que representou um momento de fim e início de novos mandatos de prefeitos no País.
A AMUSUH foi convidada a participar, no dia 7/11, do lançamento do Boletim da Aquicultura em Águas da União 2023 – Relatório Anual de Produção (RAP), uma publicação do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). O evento ocorreu em uma unidade do MPA no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), em Brasília (DF), e contou com grande público.
A publicação, que constitui a principal base de dados oficial do MPA sobre a produção aquícola no Brasil em águas da União, destaca um crescimento de 3,77% da aquicultura em relação a 2022 e a geração de 3.357 postos de trabalho, com especial destaque para o aumento de 17% da participação das mulheres na atividade, o que mostra um avanço significativo da inclusão de mulheres no setor.
Em 2023, a produção aquícola em represas de usinas hidroelétricas no Brasil totalizou 123.998,53 toneladas de pescado, divididas em 116.130,50 toneladas de peixes, 7.201,63 toneladas de moluscos bivalves e 666,40 toneladas de macroalgas. O crescimento do setor se reflete diretamente na geração de empregos nos municípios, com um posto de trabalho criado a cada 36 toneladas produzidas.
A importância dos dados para o fortalecimento das políticas públicas
Com a palavra, o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, destacou a importância dos dados contidos no Boletim para o planejamento estratégico do setor: “Sem números, sem dados, é impossível planejar, é impossível dar organização ao setor, é impossível traçar metas com clareza que nos permitam aferir o crescimento que é palpável. Os números indicam um crescimento que não é comum e que precisa ser celebrado. Isso só pode ser constatado a partir de um documento como este”, declarou. “Deixo aqui meus cumprimentos e agradecimento a todos os que se envolveram para que este momento fosse possível, tanto os do Ministério da Pesca e Aquicultura que contribuíram quanto os que forneceram as informações na ponta”, afirmou.
No decorrer do evento, a secretária nacional de Aquicultura, Tereza Nelma, ressaltou a importância de olhar para o setor com uma visão de futuro: “Eu tenho um sonho: imaginem vocês um país que tem 74 reservatórios de água e a gente não explora nem 1%, porque é 0,16%. Por que não olharmos para a aquicultura com esse olhar progressista, para que a gente vá para o mundo, competindo com a Ásia e com tantos outros países? Aqui, são nossos parceiros voltados para as águas da União”, disse. “A aquicultura era vista como uma atividade econômica, mas nós enxergamos a aquicultura como uma política pública”, argumentou. Por fim, ela reforçou a importância da atuação das entidades parceiras do MPA em apoio à atividade, como a AMUSUH.
Com a palavra, a diretora de Aquicultura em Águas da União, Juliana Lopes da Silva, ressaltou a relevância de aferir dados claros e precisos para nortear as políticas públicas do MPA. Segundo ela, são os dados que lhes permitem saber que rumo tomar e como direcionar as ações do órgão federal para a concretização de sua missão institucional.
Representando a AMUSUH, a secretária-executiva da Associação, Terezinha Sperandio, falou da importância do evento e da atividade pesqueira para os municípios sedes de usinas hidroelétricas e alagados. “Principalmente no atual momento de fim de gestões públicas municipais e início de novos mandatos, o setor de aquicultura em águas da União mostra como é fundamental a atividade para a geração de novos postos de trabalho e para o incremento de políticas públicas para a população”, afirmou ela. “A atividade em si oferece condições políticas e garante a infraestrutura municipal necessária para que a iniciativa privada possa contar com o apoio das prefeituras e auxiliar no fomento de novas possibilidades de renda para a população”, concluiu ela.