A Associação Nacional dos Municípios Sedes de Usinas Hidroelétricas e Alagados (AMUSUH) firmou parceria na sexta-feira (20) com o Consórcio dos Municípios Paraenses Alagados pelo Rio Tocantins (COMPART) pertencentes ao lago das usinas Tucuruí I e II. Em reunião no município de Novo Repartimento (PA), as Associações estabeleceram uma série de estratégias conjuntas para fomentar o desenvolvimento econômico e social dos municípios. Esta união de forças vai agilizar os trabalhos políticos junto ao Governo Federal e ao Congresso Nacional.
A secretária-executiva da AMUSUH, Terezinha Sperandio, participou do evento reforçando a necessidade da sinergia entre Associação e o Consórcio para o enfrentamento das batalhas municipalistas. “Essa nova parceria consolida a atuação da AMUSUH nas demandas regionais. Trabalhamos em contato constante com os prefeitos para representar da melhor forma possível as suas demandas em Brasília. Agora com a força da COMPART e a expertise da AMUSUH, os municípios paraenses contarão com dois aliados de peso”, afirmou Terezinha.
Para o presidente da COMPART e prefeito do município de Itupiranga (PA), José Milesi, a união das Associações inaugura um novo tempo de mobilização. “Temos que nos unir com a Associação que legitimamente nos representa no âmbito federal para alcançarmos nossos objetivos e evoluirmos com as demandas dos nossos municípios”, declarou Milesi. Ainda de acordo com o presidente, o destaque desse ano é a atualização da Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH) e a revisão dos planos ambientais.”É muito importante a sanção do PLC 315/2009 que vai representar para os oito municípios do lagos de Tucuruí um aumento de 44% nos repasses da CFURH. Além de rever os
direitos do plano básico ambiental que não foi cumprido com os municípios”, disse Milesi.
Para a AMUSUH, o principal objetivo da reunião foi estabelecer um termo de cooperação técnica para fomentar projetos nos municípios atingidos pela represa da usina de Tucuruí. Também estão nos planos das Associações a produção de pescados em tanques-rede nas águas da usina, o desenvolvimento de projetos de turismo que possam dinamizar as economias locais e a revisão do plano básico ambiental que é de direito dos municípios que sofreram diretamente os impacto causados pelo alagamento.