A Associação Nacional dos Municípios Sedes de Usinas Hidroelétricas e Alagados (AMUSUH) deu continuidade com o ministério da integração Nacional (MI) nas tratativas dos projetos que podem ser desenvolvidos com municípios sedes de usinas ou alagados. Em reunião na sexta-feira (7), a Associação reforçou a intenção de trabalhar com o Ministério e com a prefeituras no sentido de viabilizar projetos principalmente para a área da piscicultura em cinco regiões prioritárias.
Para isso, a AMUSUH organizará reuniões regionais em vários estados ainda neste 1º semestre. Outra frente de atuação será o estabelecimento de grupos de cidades com afinidade para determinado setor econômico. A união de forças políticas econômicas é o primeiro passo para o desenvolvimento municipal.
O presidente da AMUSUH e prefeito de Abdon Batista (SC), Lucimar Salmória, garantiu que a Associação continuará trabalhando para fomentar novas fontes de recursos para os municípios. “A Associação fez um levantamento de cinco projetos pilotos nos estados de Tocantins, Paraná, Minas Gerais, Pará e Santa Catarina que têm potencial para desenvolver pescados nos lagos das usinas. Muitas vezes falta orientação para a apresentação, aprimoramento e execução dos projetos pois várias prefeituras não possuem equipes especializadas e conhecedoras do assunto. Por isso buscamos o apoio do ministério e dos departamentos afins para nos auxiliarem no trabalho junto aos municípios”, afirmou Salmória.
Para a representante do ministério da Integração, a Diretora Adjunta do Departamento de Gestão de Programas de Desenvolvimento Regional, Aline de Lima Fagundes, os municípios precisam apresentar bons projetos e unir forças com seus vizinhos. “Há uma articulação com os consórcios municipais, prefeituras municipais, agricultores e pescadores quanto as demandas e programas traçados pelo Ministério. Nada impede que os municípios pertencentes a área de atuação da Associação de apresentarem um levantamento dos projetos que desejam desenvolver e encaminhar. A “Rota do Peixe”, que visa integrar e realizar ações efetivas de investimentos in loco e também em pólos eleitos(regiões) para a execução de projetos na área da piscicultura, é uma saída muito importante. Estamos realizando um diagnóstico nacional, do potencial dos lagos e que no máximo em 30 dias estará concluso, para que possam saber com o demonstrativo de onde os municípios se encaixam nas rotas”, explicou Fagundes.
As Rotas de Integração Nacional são redes de Arranjos Produtivos Locais (APLs) territorialmente e setorialmente interligados que promovem a inovação, a diferenciação, a competitividade e a lucratividade dos empreendimentos associados mediante a sinergia e a ação convergente das agências de fomento.
Ainda de acordo com a representante do Ministério, o desenvolvimento de projeto-piloto está avançado no Pará. “Já temos um estudo de inclusão produtiva de Tucuruí pronto. A implantação deste projeto agora no primeiro semestre vai agregar diversos Arranjos Produtivos Locais. Assim, é importante envolver os Institutos Federais, as Universidades, Faculdades, órgãos ambientais da região para potencializar a aptidão de cada município. O primeiro passo é saber o que produzem e o que necessitam desenvolver”, disse Fagundes.
A AMUSUH continuará trabalhando na diversificação das fontes de renda para os municípios e em breve agendará uma nova reunião no ministério da Integração para acompanhar a evolução das propostas.