Em audiência no dia 15 no Ministério da Integração Nacional, a AMUSUH (Associação dos Municípios Sedes de Usinas Hidroelétricas e Alagados) consolidou a cooperação para o desenvolvimento de projetos municipais. A produção de pescados em tanques-rede nos lagos das usinas foi debatida enquanto importante alternativa para a geração de renda. Com o apoio do Ministério, a AMUSUH reforça suas metas de trabalho que são buscar novas alternativas produtivas para os lagos das usinas que abrangem 727 municípios.
“A maioria dos lagos das usinas está inutilizada. Com certeza nós poderíamos usar as águas para outras utilidades. As aspirações do ministério e da AMUSUH convergem. Além de defender os municípios nas duas Casa Legislativas, a AMUSUH propõe novas formas de geração de renda”, declarou o presidente da AMUSUH e prefeito de Abdon Batista (SC), Lucimar Salmória. A audiência no ministério contou com a presença de vários prefeitos representando todas as regiões do país além do presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos municípios Sedes de Usinas e Alagados, deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC) e do deputado Julio César (PSD-PI).
A parceria com o ministro Hélder Barbalho já funciona desde o tempo em que existia o ministério da Pesca e Aquicultura, hoje pasta do ministério da Agricultura, que era dirigido por ele. Na opinião de Barbalho, a aquicultura precisa ter seu valor reconhecido. “Eu tive a oportunidade de ser ministro da Pesca e Aquicultura e defender com afinco a produção de pescados nos lagos das hidroelétricas. Esta é a solução estratégica em face às perspectivas de produção de proteína. Neste sentido a aquicultura é um grande vetor. Nós conseguimos avançar permitindo o cultivo de tilápia no reservatório de Itaipu. Isso abriu um horizonte para que Itaipu pudesse alavancar a produção de pescados. Além disso, já tratamos da produção na represa de Cana Brava e na Serra da Mesa em Goiás, dentre outros reservatórios importantes. Lá no Pará fizemos uma discussão muito importante com relação ao lago de Tucucuri. Queria dizer portanto que sou um defensor de que nós encontremos a partir da produção pescados o desenvolvimentos de todas as regiões do país. Os municípios não podem viver apenas dos royalties e da compensação financeira pela utilização dos recursos hídricos – CFURH da produção de energia”, afirmou Barbalho.