Ainda no terceiro dia da I Conferência Nacional da AMUSUH, prefeitos presentes ao evento e a Diretoria da Associação tiveram uma audiência com o Ministro da Pesca e Aquicultura, acompanhado do Gabinete Executivo do MPESCA
Paulo Castro (Ascom/AMUSUH)
A terceira audiência programada pela AMUSUH para o dia 09/03 foi no Ministério da Pesca e Aquicultura (MPESCA). A Diretoria da Associação, prefeitos e demais gestores municipais participantes da I Conferência Nacional da AMUSUH (I CNA), em Brasília (DF), foram ao órgão federal a fim de solicitar ao MPESCA apoio para a implementação da atividade da aquicultura nos reservatórios das usinas hidroelétricas do País.
Todos foram recebidos pelo Ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula; pelo Secretário-Executivo do Ministério, Carlos Mello; e pela Secretária Nacional de Aquicultura, Tereza Nelma.
No decorrer da audiência, o Ministro André de Paula e os demais integrantes do Gabinete Executivo do MPESCA se mostraram completamente disponíveis e abertos à continuidade do termo de cooperação técnica entre as duas entidades, que não é nova e já propiciou diversas iniciativas promissoras para a implementação da atividade da aquicultura nos municípios sedes de usinas hidroelétricas e alagados.
A nova equipe do Ministério no atual Governo Lula abordou as tratativas para os passos seguintes do acordo de cooperação técnica entre o MPESCA e a AMUSUH, que contarão com novos encontros nos próximos meses, conforme afirmou o Ministro André de Paula.
Depoimento
Durante a I CNA, a Coordenadora-Geral de Aquicultura em Águas da União do MPESCA, Juliana Lopes, cuja indicação à vaga foi apoiada pela AMUSUH, concedeu à Ascom da Associação um depoimento sobre a parceria entre as duas entidades e como o acordo técnico entre ambas pode favorecer os municípios geradores de energia hidroelétrica.
“É muito importante essa parceria. A gente já tem um contato com a AMUSUH desde 2015. Celebramos dois acordos de cooperação técnica, com essa troca de informações com a Associação. Esse contato com os prefeitos é fundamental para mostrar a importância da atividade para os municípios, para mostrar para eles os pontos frágeis e os benefícios”, afirmou ela.
“Muitos gestores me perguntam: ‘como posso fazer para atrair investidores?’. Simples: com obras municipais comuns, como a implementação de energia elétrica, estradas de qualidade etc. Então, são trocas que a gente tem com as prefeituras, a fim de mostrar aos gestores a importância dessa atividade tanto para o aumento da produção de pescado no País, quanto para o desenvolvimento social, a produção de renda, mais empregos para os municípios, porque, a partir do momento em que é implementada a aquicultura no reservatório da hidroelétrica, ocorre o fomento do comércio e em todas as atividades dentro do município, pois acontece a geração de mais empregos”, completou Juliana Lopes.
Em seguida, ela finalizou. “Eu estava conversando com um prefeito, que me falou o seguinte: ‘80% dos empregos do meu município se concentram na estrutura da prefeitura. E a aquicultura é o meu fôlego. Quando a atividade da aquicultura vai bem no meu município, consigo desafogar a folha de pagamento da minha prefeitura’. Então, é um balanço isso. É uma atividade que propicia um equilíbrio nas contas municipais. As áreas férteis que foram alagadas para a produção de energia ficaram apenas destinadas a essa função, que já é uma excelente e importante atividade, digo até fundamental para o País, mas se elas não forem aproveitadas em todo o seu potencial, isso acaba afetando os municípios”, argumentou.
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