No Podcast “AMUSUH: A Energia do Brasil”, os Consultores Nelson Jorge e Ivan França tratam da importância do plano básico socioambiental para municípios que passam a contar com empreendimentos de usinas hidroelétricas em seus territórios
Paulo Castro (Ascom/AMUSUH)
No dia 28 de setembro, a Secretária-Executiva da AMUSUH, Terezinha Sperandio, entrevistou os Consultores Socioambientais Ivan França e Souza e Nelson Jorge da Silva Jr. para o Podcast “AMUSUH: A Energia do Brasil”, cujo tema foi: “qual é a relevância do plano básico socioambiental para os municípios que vão acolher empreendimentos de usinas hidroelétricas em seus territórios e como os gestores municipais podem agir para solicitá-lo?” (link para a entrevista completa no YouTube: https://youtu.be/hIxPofJH3dM).
Ivan França e Nelson Jorge têm uma formação diferenciada em licenciamento e gestão socioambiental, além de análise e execução de planos básicos socioambientais. Nelson Jorge é graduado em Estudos Sociais, História, Biomedicina e Biologia pela PUC de Goiás (onde atua hoje como Professor Titular na Escola de Ciências Médicas e Biomédicas) e tem doutorado em Zoologia pela Brigham Young University, em Utah (EUA). Já Ivan França é formado em Biologia pela PUC de Goiás e atua como Consultor Socioambiental na iniciativa privada.
Acompanhe alguns trechos da entrevista:
“Geralmente, existe – por parte do gestor municipal – uma noção errônea em relação ao impacto socioambiental da chegada de um empreendimento hidroelétrico a um município. A dimensão do empreendimento não diminui o impacto. Não existe intervenção humana com impacto zero no meio ambiente e no âmbito social” (Nelson Jorge).
“O gestor municipal não pode estar alheio aos impactos ambientais e, principalmente, sociais decorrentes da implementação de um empreendimento dessa natureza. Os benefícios são inegáveis, mas também existem cuidados que devem ser tomados, para o prefeito não ser pego de surpresa” (Ivan França).
“O gestor precisa deixar de ser reativo. Em geral, ele só procura o conhecimento sobre o empreendimento já sediado quando toma contato com os efeitos decorrentes da instalação da usina, sejam os efeitos benéficos ao município e também os efeitos sociais e ambientais que exigiriam um estudo prévio de impacto” (Ivan França).
“Um município que possui 5 mil habitantes e tem suas contas equilibradas, mas recebe mais 2 mil pessoas, como funcionários da usina, precisa saber assimilar esse público a mais, até para que esse excedente não previsto inicialmente não impacte na saúde e na educação do município, por exemplo. Advém desse raciocínio a importância do plano básico socioambiental, que já realiza um estudo prévio, já antevendo situações sociais assim” (Nelson Jorge).