As disparidades entre os serviços sociais dos países promove um fluxo de cidadãos para os municípios lindeiros ao lago de Itaipu. Durante o fórum regional em Cascavel (PR) promovido pela Associação dos Municípios Sedes de Usinas e Alagados (AMUSUH), a prefeita de Mercedes (PR) e presidente do Conselho dos Municípios Lindeiros ao lago de Itaipu, Ceci Loffi, defendeu repasses de recursos diferenciados para essas prefeituras. Outra demanda é a consolidação legal dos dividendos dos royalties da usina.
“Estamos na luta pela permanência dos royalties. Os contratos têm data limite em 2023. Queremos que ela se prolongue ou que se perpetue”, defendeu Loffi.
“Em uma segundo momento hoje debatemos formalizar e convencer o governo Federal para que a gente consiga mais recursos para os municípios lindeiros. Os lagos são muito importantes, as construções trouxeram muita coisa boa, mas junto com isso vieram as consequências.
Hoje existe uma demanda muito grande da criminalidade. A segurança passou a ser nosso maior problema. A demanda de brasiguaios e até paraguaios também voltando buscando educação, saúde e assistência social cresceu muito. Isso é cada vez mais difícil de controlar. É uma demanda muito grande. E os nossos custos são muito elevados. Os recursos não são suficientes. Todos anos temos que suplementar os recursos, especialmente para a saúde por conta da demanda”, afirmou Loffi.
Ainda segunda a prefeita de Mercedes, os impactos na qualidade de vida dos municípios já são realidade. “Nossa região sempre foi referencia, mas hoje nós estamos sentindo esse peso. Legalmente nós atendemos a todos, tanto como ser humano mesmo, não só pela legalidade. Está se tornando muito difícil para mantermos os serviços”, declarou Loffi.